Madrasta comemora o dia das mães?

Quando meus irmãos nasceram (Aline e Alan, gêmeos) em 1990, eu tinha pouco menos de dois aninhos de idade. Minha mãe conta que minha avó paterna e minha avó materna revezavam para que ela não ficar sozinha com 3 crianças pequenas. Uma das sobrinhas do meu pai, a Silmara, deu à luz a Jéssica também em 1990. Crescemos todos juntos. A Sil, que anos depois se tornou minha madrinha de crisma, ajudou a cuidar de nós, amamentou meu irmão, ia nas reuniões escolares quando minha mãe não podia, nos buscava na escola, e é uma referência, assim como as outras mulheres da minha família no que se refere a maternar. Depois que mudamos de São Paulo para o interior, eu e meus irmãos passávamos boa parte do tempo com a minha vó paterna, dona Hermínia que era conhecida na cidade por ajudar as pessoas necessitadas...quantas pessoas minha avó amparou, acolheu (dentro da sua casa), sem vínculo biológico...Eu venho deste lugar onde as mulheres da família não mediram esforços para cuidar não somente de seus filhos mas de seus princípios. Comemorar o Dia das Mães para mim, é honrar e reverenciar todo este círculo no qual eu faço parte pelas raízes com aquelas que me criaram e pelo fruto com aquele que estou ajudando a criar diariamente(o Lud, meu filho não biológico). Eu honro minha avó Hermínia que cuidou de todos nós da família mas também daqueles sem vínculo sanguíneo. Eu honro minha mãe, que sempre foi doce e atenta aos cuidados diários comigo e com meus irmãos. Eu aquelas que foram cuidadas por alguém ao meu lado (minha irmã, Aline e minha prima irmã, Jéssica (que já é mamãe), mulheres incríveis que eu amo e admiro demais.) Semana do dia das mães chegou. Maternar é uma ação grandiosa demais para ser silenciada. Maternar da madrasta também existe e importa. Como é esta data na casa de vocês?