“A LINGUAGEM É O REPOSITÓRIO DE NOSSOS PRECONCEITOS, DE NOSSAS CRENÇAS, DE NOSSOS PRESSUPOSTOS.” destaca Chimamanda Ngozi em seu clássico “Para educar crianças feministas”. Uma das lições que ela aponta é a necessidade de questionarmos a linguagem que usamos.
Usar a palavra “boadrasta” é afirmar a necessidade de trocarmos um termo que já existe por outro na tentativa de torná-lo melhor, mais aceitável.
Não. Nós não precisamos nos apresentar ou dizermos que somos “boadrastas” para sermos pessoas normais e temos um papel importante na esfera familiar. Somos as MADRASTAS e não há necessidade de trocar os termos para tentar minimizar um estigma que a sociedade construiu, o estigma será quebrado com diálogo, respeito e muita paciência. É dizendo quem somos e agindo sem eufemismos que avançaremos cada dia mais em uma nova narrativa.
Algumas madrastas se sentem mais confortáveis dizendo que são “boadrastas”, e eu não vou julgar, porque cada uma tem um tempo e vive uma experiência em particular, mas convido a vocês para pensarem sobre isso, não somos fantasmas para vivermos atrás de uma sombra, nós somos reais e verdadeiras, além do que ouvi dizer que quando pronunciamos a palavra MADRASTA com segurança e tranquilidade o patriarcado chora kkkk ouvi dizer.
A sílaba "Ma" da palavra Madrasta vem do latim MATER, com referência a MÃE. Ou seja, pode falar M-A-D-R-A-S-T-A numa boa, mulherada! Ao contrário do que a sociedade prega, a nomenclatura não tem relação nenhuma com maldade...
Como é esta linguagem no dia a dia de vocês, meninas?
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